Alguns carros são feitos para ser simples e confiáveis; outros são projetados com uma complexidade alucinante que ultrapassa os limites da engenharia. Seja um teto retrátil à frente do seu tempo, um recurso de luxo exagerado ou um hipercarro repleto de tecnologia de ponta, esses veículos provaram que a inovação muitas vezes tem um preço — às vezes no desempenho, às vezes em dores de cabeça com manutenção. Vamos dar uma olhada em alguns dos carros mais complicados já feitos que refletem maravilhas da engenharia!
Mercedes-Benz 600 Pullman Limousine (1964)
O Mercedes-Benz 600 Pullman foi uma obra-prima da engenharia como limusine. Ele apresentava um V8 6.3L, mas sua verdadeira fama vinha do seu sistema hidráulico de alta pressão, que silenciosamente acionava tudo, desde as janelas e o teto solar até os bancos e o porta-malas. O sistema era tão intricado que até mesmo um pequeno vazamento exigia horas de trabalho especializado, tornando sua manutenção tão difícil quanto seu luxo.

Porsche 959 (1986)
A Porsche construiu o 959 como um experimento tecnológico, superando seus concorrentes por décadas. Ele tinha um motor biturbo, um sistema de tração nas quatro rodas controlado por computador e uma suspensão adaptativa, tudo isso embalado em uma carroceria leve. O resultado foi um carro que podia atingir 197 mph enquanto oferecia estabilidade e dirigibilidade inéditas na década de 1980. Aqui, a complexidade significava que a Porche perdia dinheiro em cada unidade vendida.

Cadillac Allanté (1987)
Cadillac queria competir com marcas europeias de luxo, então eles fez parceria com o carroceiro italiano Pininfarina para criar o Allanté. A pegadinha? As carrocerias foram construídas na Itália e depois voou 4.600 milhas para os EUA em Boeing 747 especialmente modificados para ser montado com sistemas de transmissão americanos. Esse processo de produção absurdo tornou o Allanté incrivelmente caro de produzir, e seu sistema eletrônico complexo levou a inúmeros problemas de confiabilidade.

Bugatti Veyron (2005)
O Bugatti Veyron não era apenas rápido—era um desafio de engenharia como nenhum outro. Com seu motor W16 de 8,0 litros, quatro turbocompressores e dez radiadores, ele teve que superar problemas extremos de gerenciamento de calor apenas para funcionar. A transmissão de dupla embreagem de sete velocidades foi uma das mais avançadas já feitas, e até os pneus eram tão especializados que tiveram que ser substituídos na França a um custo absurdo. O Veyron não era apenas um carro—era uma declaração tecnológica, provando que tudo é possível com dinheiro suficiente e genialidade em engenharia.

Lexus LS 600h L (2007)
O Lexus LS 600h, um sedã de luxo, foi o primeiro V8 com tração nas quatro rodas do mundo com um motor elétrico, criando um sistema que oferecia potência e eficiência sem interrupções. Ele apresentava uma transmissão CVT controlada eletronicamente, suspensão a ar adaptativa e um dos sistemas de assistência ao motorista mais avançados de sua época. No entanto, sua complexidade tornava os reparos extremamente difíceis, e as substituições da bateria híbrida não eram exatamente baratas.

McLaren P1 (2013)
A McLaren combinou a tecnologia da Fórmula 1 com potência híbrida para criar o P1, um carro que redefiniu o desempenho. Seu V8 biturbo e motor elétrico trabalharam juntos para produzir 903 cavalos de potência, enquanto sua aerodinâmica ativa e o Modo Corrida o tornaram um dos carros de estrada focados em pista mais avançados já construídos. No entanto, O sistema de bateria híbrida do P1 era notoriamente caro, com substituições custando mais de $100.000, tornando a posse um compromisso sério.

BMW i8 (2014)
O BMW i8 foi um carro esportivo híbrido inovador que combinava um motor turbo de três cilindros com um motor elétrico para um desempenho impressionante com tração nas quatro rodas. A construção em fibra de carbono, os faróis a laser e o sistema de frenagem regenerativa conferiam-lhe uma sensação futurista, mas seu complexo trem de força híbrido tornava os reparos uma tarefa assustadora. O i8 era emocionante de dirigir, mas mantê-lo estava longe de ser fácil.

Koenigsegg Regera (2015)
Koenigsegg é conhecido por ultrapassar os limites da engenharia, e o Regera foi uma de suas criações mais ambiciosas. Ao contrário dos supercarros tradicionais, o Regera não possuía uma caixa de câmbio convencional — em vez disso, usava um sistema de Transmissão Direta, que dependia de um motor elétrico e um acoplamento hidráulico para transferir a potência do V8 biturbo diretamente para as rodas. Isso eliminou os atrasos na troca de marchas, tornando a aceleração suave, mas também introduziu desafios eletrônicos e de refrigeração incrivelmente complexos.

Gênio da Engenharia ou Loucura Excessivamente Complicada?
Cada um desses carros era um testemunho da engenhosidade humana, provando que quando os fabricantes de automóveis buscam a grandeza, às vezes criam monstros mecânicos que são tão impressionantes quanto impraticáveis. Alguns se tornaram ícones, enquanto outros se tornaram histórias de advertência — mas todos eles fizeram história.